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Lembra-te de Mim

Lembra-te de Mim

13.11.20

SENTIR TUDO

Débora

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Naquele simples abraço senti tudo. 
 Borboletas no estômago. Vi o mundo a andar à roda.

Foi pelo que me fizeste sentir. E o que foi isso? Uma pessoa importante na tua vida.
 Espero que no próximo abraço sinta isto e muito mais porque não quero que largues o meu corpo.
 Porque se largares, eu agarro o teu corpo e pedimos para nunca nos largarmos.
 Porque quero continuar a sentir tudo.

11.11.20

RECORRO AO SILÊNCIO DA NOITE

Débora

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Mais uma noite de Lua Cheia. Sempre admirei a sua beleza. Está longe mas a sua beleza e encanto alcança tudo e todos. E ilumina. A alma.
 O sol aquece o corpo mas a lua vê a alma. Segredos obscuros e ao olhar para ti, sei que estão bem guardados contigo.
 Confesso-me ao luar. Saio de casa para sermos uma só, enquanto me declaro a ti.
 Tenho a sorte de viver junto a uma floresta. Onde me perco de amores pela natureza que lá encontro. E quando a visito, há mudanças. Crias novas. Vegetação nova. E observo bem como se tudo fosse pela primeira vez.
 Falo sempre contigo sentada num ramo de árvore velho. Naquele momento, fecho os olhos. Olho para dentro e agradeço o que tenho e pelo que estou a conquistar. Vais ficando intensa e sinto que continuas a iluminar-me como se me desses a tua benção.
 Abro os lhos e levo esta calor no meu peito. É amor. A ti, à natureza. Que para além de mim própria, amo muito e agradeço.

10.11.20

ORGULHO DE NETO

Débora

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Alice e Tomé. Os meus avós. Por onde começar a falar de memórias felizes que tenho com eles? Temos tanta coisa para contar, mas vou escolher algumas para sintetizar...
 A minha avó Alice tem setenta e nove anos e o meu avô Tomé tem oitenta e dois anos. Idades bonitas e continuam a amar-se como no primeiro dia. Estão juntos há cinquenta e cinco anos. Além de se amarem, também são brincalhões como adolescentes que hão de ser sempre. Já sentem o meu orgulho?
 Passei a minha infância na casa deles. Na aldeia, cujo nome fica entre nós, família, pois aquilo que é contado, estragam, como dizem. Se há algo que não quero estragar são memórias felizes.
 Memórias de me levantar cedo com o meu avô para vermos o nascer do sol. De vermos os pássaros a darem-nos os bons dias. A natureza a acordar e mesmo no inverno! Sim, porque de inverno, com amanheceres gelados, aquele momento de partilha, aquecia-nos o coração. 
 Foi o com o meu avô que aprendi a pescar. Cheguei mesmo a apanhar alguns peixes! E que orgulho a minha avó tinha de mim... Ligavamos-lhe sempre que conseguia apanhar um peixe. E ela? Ela fazia  umas batatas doce no forno para acompanhar, como ninguém... Ao retirar do forno, regava-as com molho de manteiga e um ramo de alecrim antes de nos servir... Parece que já lhes sinto o cheiro. Havia algo mais e perguntava o segredo, mas nunca me contou. Ainda bem que não, porque assim perderia toda a magia do seu cozinhado.
 Aos domingos, fazíamos um bolo de caseiro. Programa de avó e neto. Dizias que poderia levar para a escola porque o bar só vendia coisas que faziam mal. "Uma vez por outra, não faz mal. Mas este bolo que fazemos é que te satisfaz", dizia ela. E com razão.
 Antes de se reformarem, o meu avô foi enfermeiro e a minha avó foi professora. O meu avô ainda deu aulas de enfermagem a uns vizinhos! E sendo professora, a minha avó pôde ajudar a minha mãe nos estudos. Pouparam a pagar a uma explicadora e a minha mãe teve boas notas! Dois em um, como dizemos sempre! 
Eu, o seu neto Afonso, já com vinte e nove anos, ainda conto estas histórias ao meu filho, Matias. 
 No entanto, melhor do que eu as contar, é eles já as viverem. Ainda no fim de semana passado houve pescaria e doçaria. Que orgulho dos meus!
 E agora, finalizo porque se não, não tenho presente de Natal para eles a tempo! Tenho andado com negócios, mas para os meus, arranjo sempre tempo. Que bom que foi recordar estes momentos e já estou a imaginá-los com lágrimas a cair. Eu acho que já estou! Recordem memórias com os vossos. Sejam felizes e sobretudo demonstrem amor, como eu estou a fazer.
 Um Natal feliz, do vosso querido neto Afonso.

09.11.20

A CARTA QUE TE ESCREVO

Débora

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Olá. Eu sou tu há uns anos.
 Escrevo-te esta carta para te recordar como a infância é o nosso melhor tempo. Queres saber porquê? Eu conto-te.... Porém, prefiro que te sentes porque gosto de escrever e é onde posso continuar a ser eu e quando dou por mim, o tempo voou. Ah como lembro-me bem de voar... Eu sei que o Homem não voa, mas quando o céu é o limite, eu voo e muito mais.
 Vou começar. Já estava a divagar, vês? Ai de mim!
 Esta fotografia é das minhas preferidas. Fui a uma quinta com os meus pais e comecei a aperceber-me dos sons dos animais, da variedade de flora que existe na Terra. Comecei a aprender a sua importância e como devemos cuidar dela. Com os animais, aprendemos por vezes,  a "lei da sobrevivência", mas não te vou massar com isto, porque tu... Agora estás na idade boa onde não tens problemas, onde não existe drama mas sim onde tudo é encantado e achamos que somos imortais. Com as plantas, aprendemos a dar valor à ação de respirar. Algumas pessoas esquecem-se disso. O oxigénio vem das árvores, sabias? O "oxi" quê? Não ligues. Sou eu a divagar de novo.
 Para não alongar mais, porque de tempo em tempo, irei escrever-te cartas para mostrar que o mundo dos adultos é complicado. Aqui entre nós, as pessoas é que complicam.
 O quão é fácil para ti chegares ao pé de alguém, dares um abraço e dizeres que tens saudades. Em adulto... Em adulto, não dizes nada porque a outra pessoa tem de dar valor também. Idiota, não é?
 Mas se há coisas que venho a aprender com a idiotice, é expressar os meus sentimentos. Não é vergonha, é um ato de coragem. Não é cobardia, é não esperar pelo amanhã. Porque amanhã? Bem... Amanhã já tu estás mais crescido, já te esqueceste de algumas situações e as únicas coisas que ficam são as memórias e estas cartas. Vou escrever para ti com frequência. Vou relembrar-te o quão és feliz e amado. Pelos outros, mas principalmente por ti próprio.
 Vou para sempre cuidar de ti, de mim. De nós, ora essa!
 Até já, companheiro.
 

04.11.20

(A)MAR

Débora

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O mar. O grande azul. Dança com a cor verde e chega a ter cor castanha quando a areia, tímida, dança nas ondas. Um vai e vem. O mar. Onde há paz. Sossego. Respeito. Porque vais a seu encontro, não o incomodes. Não o sujes. Se não gostas de viver com a casa suja, não sujes onde há outras vidas. Onde outras vidas também importam e não só a tua.
 Cuida dele. Agradece e enaltace-o. Cuida e protege cada vez que recorres a ele. Limpa as praias e não deixes plásticos. Para ti, lixo. Infelizmente para os animais serve de comida, pois estes não o distinguem.
 A natureza é quem sai mais prejudicada pelas ações do Homem. Muda hoje, começa com coisas simples. Mas coisas simples, feitas com amor, tornam-se grandes.

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