Orgulho. Na minha opinião é o adjetivo que melhor qualifica a independência da mulher. A mulher também é independente sendo solteira ou casada. Porque a mulher não deve perder a sua identidade. A mulher é mãe, filha, tia, sobrinha, amiga, vizinha. É sim. Porém antes de tudo isto, ela é ela própria. O resto do Mundo pode esperar. Porque para se preparar e estar disponível para os outros, tem de estar disponível para ela própria. A mulher não é só motivo de orgulho devido à sua independência. Ela vota, faz o seu próprio spa em casa, cuida-se (por dentro e por fora). Tem de haver amor por si, respeito, capacidade de dizer "não" a todos, incluindo a ela própria, estabelecendo limites.
A mulher é independente, motivo de orgulho, se aos 26 anos tiver uma empresa ou estar noiva. Aos 30 anos, estar solteira ou casada, morar em casa própria. Aos 40 anos pode querer viajar pelo Mundo. As crenças da sociedade é que por vezes desvalorizam a mulher. Se está solteira "olha que não estás a ficar para nova" ou "na minha altura, eu já..."; se casa, surge a pressão dos pais e sogros dizendo "agora que venham os netos!". Há a primeira criança, surge o comentário "agora é o segundo!". Há a decisão de terem dois filhos, o discurso do costume "à terceira é de vez!" NÃO! CHEGA! Ter filhos é escolha exclusivavamente da mulher ou do casal. Ninguém tem nada a ver com isso! Só a estas pessoas dizem respeito. A mulher não nasceu para ser "uma máquina de fazer bebés". E se a mulher ou o casal não puderem ter filhos? Só eles sabem os processos que têm de fazer: tratamentos e luta contra o tempo.
Têm o mesmo valor a mulher mãe, empresária, mulher em todas as profissões e mulher desempregada. A mulher tem o direito de receber o mesmo ordenado que o homem. Já vai o tempo em que a mulher tem de ficar a tomar conta da casa enquanto o homem trabalha! Homens, não é melhor terem a vosso lado uma mulher que vos escolheu por se amar a si própria e a vós do que escolher-vos por ter medo de ficar sozinha?
A mulher sente-se livre porque tem a capacidade de ser ela mesma: mostrar as suas capacidades e testar os seus limites. O seu lugar é onde ela quiser. É dona de si e do seu corpo. Primeiro, ela tem prazer de si, gostar de si. Não é egoísmo, é amor próprio.
Que este dia sirva para relembrar que a mulher que é independente brilha mais e é motivo de orgulho. Para si própria e para as que conhecem.
E tu, já te orgulhaste da mulher que és?