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Lembra-te de Mim

Lembra-te de Mim

31.01.22

UM DOS TEUS PLANETAS

Débora

Tudo se alinha. Navegamos em águas perigosas, queremos profundidade quando não é possível sequer sair da zona de segurança porque não te dão do outro lado esse apoio. O mundo troca-nos as voltas e assim demonstra que era o avesso o lado correto. O lado onde não tinha de fazer pelos dois porque isso é só na canção. O lado onde me dão e não sou só eu que entrego. Acredito que temos vários planetas a fazer parte da nossa galáxia que nos enchem de felicidade e quando tudo está em órbita, a galáxia não tem avarias. As estrelas brilham com a intensidade devida. E podem vir meteoritos abanar os planetas, mas eles têm mais força e essa união é o que os vai destruir.

09.01.22

DESEJOS

Débora

Na manhã de nevoeiro, M tomava o seu chá à janela. Esta estava entreaberta para a Natureza a acompanhar. Olhava para as suas plantas e sorria enquanto vias as gotas da humidade nas suas folhas. A manhã húmida e o chá quente equilibrava o cenário e sentira a paz que merecia há muito tempo. Deixou a brisa da rua entrar enquanto fazia festas ao seu gato que chegou perto de si. Dirigiu-se a uma aparelhagem e ouvia a música. Um piano suave que a fez viajar e dançar. Pensou nos seus desejos e como estava tranquila em relação ao seu futuro. Inspirou fundo e sentou-se. Com o gato a seu colo, olhou para o exterior e sorriu. Fizera três meses que se mudara. Sozinha. Numa nova realidade que não só desejava como precisava. Só a ela dizia respeito o caminho a percorrer. Não havia justificações a dar. Só a ela mesma. Segura e confiante de si.

09.01.22

COMO

Débora

Já não quero saber como te esqueceste tão rápido dos nossos dias. Como pudeste ser tão frio em dias quentes. Como rejeitaste cada olhar e sorriso que te dava. O que mudou quando nada parecia ter mudado. O que te faz não me quereres mais. Como é que alguém pode ser tão insensível aos carinhos que recebe? A quem pensava que dava o suficiente mas até hoje não sei o que é para ti. Não te consigo ler nas entrelinhas quando eras dos meus livros favoritos. Já não és da minhas personagens preferidas nem dos cenários entras. O que dizes aos outros quando perguntam por mim. Queres saber o que digo de ti? Não irás saber. Já vai o tempo em que te contava tudo. Perdeste esse direito se é que alguma vez o mereceste. Foste uma lição mais do que aprendida para não ter de voltar a repetir.

02.01.22

CAMINHOS

Débora

Numa dessas saídas quis ir ao lugar onde encontro respostas. Mesmo quando ninguém me responde. Porque por vezes o silêncio é o melhor que podes ouvir. Nas tuas ondas deixo ir as dores e angústias que me atormentam. Fico à deriva com a leveza necessária para fazer meu caminho. Acolhes-me e dás-me colo, fazendo me lembrar que também sou gente e preciso de ajuda. Grito, lembrando que não quero voltar a ser quem fui: ingénua e não lutando pelo que quero e pensava que dava tempo. Quando nos apercebemos que tudo passa rápido, aprendemos que não dá tempo. Temos de ser felizes hoje e por nós mesmos, hoje. Na tua revolução, a beleza de sempre mantém-se, lembrando-me que mesmo quando as emoções estão mais à vista continuo a ser bela a mesma. Recorro a ti como abrigo e nunca rejeitaste-me mesmo quando és fria. Mesmo quando és volto sempre a insistir em ir ter contigo. Lembra-me que as relações são assim: aproximarmo-nos para perceber o outro e quando queremos algo não desistimos. Outrora, há que saber desistir com inteligência. Acabas por me fazer entender que posso ser como sou - calma ou com as emoções à flor da pele - mas os certos acabam sempre por vir ter contigo.

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