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Lembra-te de Mim

Lembra-te de Mim

25.04.22

TEMPESTADE

Débora

Como o mar também me revolto. Também tenho dias de tempestade, agitação, revolta. Turbilhão de emoções entre o nublado como se fosse o princípio e a chuva forte que chega a ter medo. Respeito. Quando a tempestade passa, quem não assistiu não sabe o que o mar passou para chegar ao estado tranquilo. Porque nas horas de tempestade, apenas alguns marinheiros conseguiram navegar nestas águas. Há que saber aceitar os dias de tempestade que também fazem parte de um ciclo. Que não há bonança sem tempestade. Que não há luz sem trevas. Agora o modo como agimos face às tempestades é que nos fazem corajosos face a enfrentar o mar revolto.

09.03.22

ROUBADOR DE SONHOS

Débora

É quando está tudo bem que começas a duvidar "porquê que está a acontecer?" Ou ainda mais frequente: "tanta coisa boa a acontecer, é porque algo de mau vai acontecer". Quando estes pensamentos surgem, querem-nos assustar, começar a duvidar da nossa felicidade e daquilo que somos merecedores. O que temos de parar e pensar é: não passam de pensamentos. Não os controlamos mas sim o modo como atuamos face a nos aparecerem. O modo de agir é o que nos define. Está tudo bem senti-los porque não devemos negar o medo que sentimos. Fugir dele ainda o faz aumentar mais. Temos de enfrentar o que nos atormenta e faz-nos chorar, duvidar. No momento a seguir é atuar. Estes medos e angústias roubam-nos sonhos, desejos e aí tu mostras quem manda. Não te cobres tanto se falhares, ninguém é perfeito: a sociedade é que impõe que tens de ser. Sabes qual é a melhor parte disto? Tu não és os outros. Nunca foste. Não comeces a ser. Vai atrás desses sonhos mesmo a voz trémula e o nervosismo a aparecer. Vai com tudo. Não permites roubar-te a ti mesmo desses sonhos.

06.03.22

LIBERTAÇÃO

Débora

26cd085c72d3388a1fa172e988dd8f13.jpgComo o vento leva as folhas, eu deixo ir o que não interessa. Como a chuva limpa os caminhos, eu deixo correr as lágrimas que carregam a dor. Como os tornados levam as casas, eu deixo ir o que me invade a alma. Como abrimos as janelas para o ar circular, eu abro os braços para me libertar do que me pesa: medos, julgamantos, comparações, pesos e responsabilidades que nem tudo depende de mim.
 Não controlamos as nossas emoções mas temos a capacidade de escolher o que fazemos com elas. Não podemos deixar que elas nos dominem. Somos nós que escolhemos essa situação. O que fazer. Como agir.
 Porque cair é inevitável e levantar é uma escolha. Está tudo bem se não conseguirmos levantar de imediato. Deixa-te invadir por essa queda, mas quando te levantares não te perrmitas cair de novo pelo mesmo motivo. Estiveste lá e aprendeste com a queda para não te magoares de novo.
 Aprende a ser livre como o fogo. A queimar as dores e angústias que não te levam a lado nenhum a não ser para um lugar ainda mais escuro. Já lá estiveste e sabes que não te fez bem.
 No entanto, foi onde aprendeste mais. Te fez crescer. Te fez evoluir como ser humano. Houve aprendizagem no processo. Só tens de te orgulhar de cada passo teu. De cada pequena vitória que será grande um dia. Cada noite mal dormida. Cada lágrima derramada, vale cada sorriso teu de orelha a orelha. Porque te libertaste desses próprios pensamentos maldosos que te assombraram. Descobriste a luz num lugar onde as trevas quiseram morar mas tu mostraste quem chegou primeiro.
 Orgulha-te de cada passada que dás. De cada respiração que fazes. Porque estás aqui hoje porque acreditaste mesmo nos dias mais escuros. Porque quem é luz, encontra sempre o caminho iluminado.

17.02.22

AMAR

Débora

Quando pensava que estava tudo no sítio certo, veio algo mostrar que era merecedora de mais. Veio alguém mostrar que também era merecedora de felicidade partilhada. Que não tenho de suportar os meus fantasmas e angústias sozinha. Veio alguém que também gosta de silêncio. Está tudo certo com isso. Veio alguém que quer estar a meu lado e não preciso de ir atrás. De ir. Porque vamos é os dois. De mão dada. Alguém com quem possas partilhar sonhos e objetivos. Que sozinha vou bem mas juntos vamos mais longe. Alguém com quem te veio mostrar que amar é fácil. É para os que não desistem. É para os que querem fazer acontecer. É para os que fazem sem prometer. É para os que mostram que amar é ser corajoso uma sociedade que desiste e não luta pela felicidade.

31.01.22

UM DOS TEUS PLANETAS

Débora

Tudo se alinha. Navegamos em águas perigosas, queremos profundidade quando não é possível sequer sair da zona de segurança porque não te dão do outro lado esse apoio. O mundo troca-nos as voltas e assim demonstra que era o avesso o lado correto. O lado onde não tinha de fazer pelos dois porque isso é só na canção. O lado onde me dão e não sou só eu que entrego. Acredito que temos vários planetas a fazer parte da nossa galáxia que nos enchem de felicidade e quando tudo está em órbita, a galáxia não tem avarias. As estrelas brilham com a intensidade devida. E podem vir meteoritos abanar os planetas, mas eles têm mais força e essa união é o que os vai destruir.

09.01.22

DESEJOS

Débora

Na manhã de nevoeiro, M tomava o seu chá à janela. Esta estava entreaberta para a Natureza a acompanhar. Olhava para as suas plantas e sorria enquanto vias as gotas da humidade nas suas folhas. A manhã húmida e o chá quente equilibrava o cenário e sentira a paz que merecia há muito tempo. Deixou a brisa da rua entrar enquanto fazia festas ao seu gato que chegou perto de si. Dirigiu-se a uma aparelhagem e ouvia a música. Um piano suave que a fez viajar e dançar. Pensou nos seus desejos e como estava tranquila em relação ao seu futuro. Inspirou fundo e sentou-se. Com o gato a seu colo, olhou para o exterior e sorriu. Fizera três meses que se mudara. Sozinha. Numa nova realidade que não só desejava como precisava. Só a ela dizia respeito o caminho a percorrer. Não havia justificações a dar. Só a ela mesma. Segura e confiante de si.

09.01.22

COMO

Débora

Já não quero saber como te esqueceste tão rápido dos nossos dias. Como pudeste ser tão frio em dias quentes. Como rejeitaste cada olhar e sorriso que te dava. O que mudou quando nada parecia ter mudado. O que te faz não me quereres mais. Como é que alguém pode ser tão insensível aos carinhos que recebe? A quem pensava que dava o suficiente mas até hoje não sei o que é para ti. Não te consigo ler nas entrelinhas quando eras dos meus livros favoritos. Já não és da minhas personagens preferidas nem dos cenários entras. O que dizes aos outros quando perguntam por mim. Queres saber o que digo de ti? Não irás saber. Já vai o tempo em que te contava tudo. Perdeste esse direito se é que alguma vez o mereceste. Foste uma lição mais do que aprendida para não ter de voltar a repetir.

02.01.22

CAMINHOS

Débora

Numa dessas saídas quis ir ao lugar onde encontro respostas. Mesmo quando ninguém me responde. Porque por vezes o silêncio é o melhor que podes ouvir. Nas tuas ondas deixo ir as dores e angústias que me atormentam. Fico à deriva com a leveza necessária para fazer meu caminho. Acolhes-me e dás-me colo, fazendo me lembrar que também sou gente e preciso de ajuda. Grito, lembrando que não quero voltar a ser quem fui: ingénua e não lutando pelo que quero e pensava que dava tempo. Quando nos apercebemos que tudo passa rápido, aprendemos que não dá tempo. Temos de ser felizes hoje e por nós mesmos, hoje. Na tua revolução, a beleza de sempre mantém-se, lembrando-me que mesmo quando as emoções estão mais à vista continuo a ser bela a mesma. Recorro a ti como abrigo e nunca rejeitaste-me mesmo quando és fria. Mesmo quando és volto sempre a insistir em ir ter contigo. Lembra-me que as relações são assim: aproximarmo-nos para perceber o outro e quando queremos algo não desistimos. Outrora, há que saber desistir com inteligência. Acabas por me fazer entender que posso ser como sou - calma ou com as emoções à flor da pele - mas os certos acabam sempre por vir ter contigo.

22.12.21

AGRADECIDA

Débora

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Temos mais a agradecer do que a reclamar. Temos mais que nos contentar com o que estamos a conquistar. Porque um dia sonhamos pelo dia que chegamos hoje. Olhar para trás e refletir que as noites mal dormidas, o choro e o querer desistir, valem a pena.
 Queremos as coisas para ontem. Rápidas e com precisão. Quando nos esquecemos que é a cair e a levantar que nos fazemos gente e damos mais valor aos nossos objetivos. Porque "cair é inevitável mas. Levantar é opcional." Temos de enfrentar os nossos medos e dúvidas de frente. Mostrar do que somos feitos e se queremos as coisas temos de lutar por elas. Temos de dar a mão a nós próprios. A escrever a nossa própria história e não dar a caneta a ninguém. 
 Somos mais e melhores quando somos melhores que ontem. Por nós. 
 É tempo de deixar amarras, coisas tóxicas que não nos levam a lado nenhum e sobretudo parar de andar atrás ao que não nos leva para a frente.
 Renascer. Reerguer. Fazer por nós. Para nós.
 É o nosso caminho. Não é o dos outros. Só a nós diz respeito.
 Não esquecer que há adversidades no caminho, ter a consciência disso sim, mas não nos definem e não agarrarmos a essa. Reconhecer que faz parte mas dá-nos lutar para fazermos melhor. 

01.12.21

POR TI, PELO FUTURO

Débora

O tempo vai passando e com ele vamos crescendo. As nossas escolhas mudam, as nossas crenças são substituídas pelas experiências e os nossos sonhos vão se realizando se fizermos por isso. Se não desistirmos deles. Acordaste um dia e decidi ser feliz para sempre. Fazes o que acreditas, não crias expetativas e diariamente coisas/ações pequenas levar-te-ão a grandes feitos no futuro. Vês que é possível realizar o que sonhas. Vês que tendo uma mente organizada e estruturada, tens noites tranquilas. Porque estás em paz e sabes que estás a fazer o que está certo. Vives por ti e para ti e não de acordo com o que a sociedade quer que faças. Tens o teu tempo porque só a ti te diz respeito. Só tu sabes. É tempo de pensares mais em ti porque tu és a primeira prioridade. Cada um está a fazer o seu caminho e o teu é tão importante como o dos outros. É único. Tal como tu. Mereces tudo. Não desses tudo de ti em tudo o que fazes.

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