CAMINHOS
Numa dessas saídas quis ir ao lugar onde encontro respostas. Mesmo quando ninguém me responde. Porque por vezes o silêncio é o melhor que podes ouvir. Nas tuas ondas deixo ir as dores e angústias que me atormentam. Fico à deriva com a leveza necessária para fazer meu caminho. Acolhes-me e dás-me colo, fazendo me lembrar que também sou gente e preciso de ajuda. Grito, lembrando que não quero voltar a ser quem fui: ingénua e não lutando pelo que quero e pensava que dava tempo. Quando nos apercebemos que tudo passa rápido, aprendemos que não dá tempo. Temos de ser felizes hoje e por nós mesmos, hoje. Na tua revolução, a beleza de sempre mantém-se, lembrando-me que mesmo quando as emoções estão mais à vista continuo a ser bela a mesma. Recorro a ti como abrigo e nunca rejeitaste-me mesmo quando és fria. Mesmo quando és volto sempre a insistir em ir ter contigo. Lembra-me que as relações são assim: aproximarmo-nos para perceber o outro e quando queremos algo não desistimos. Outrora, há que saber desistir com inteligência. Acabas por me fazer entender que posso ser como sou - calma ou com as emoções à flor da pele - mas os certos acabam sempre por vir ter contigo.