DOIS PONTOS NO UNIVERSO INFINITO
Após o jantar, entraram no carro e seguiram viagem. Não havia destino. Apenas seguiram o verbo ir. A música tocava alta no carro. Cantavam. Riam. Recordavam histórias e conversaram sobre sonhos, futuro e "ses". Chegaram a um planalto e sorriram. Tinham chegado a um lugar mágico. Completavam a imensidão do céu estrelado. Ausência de vento. As estrelas brilhavam e as cigarras eram a melodia que os acompanhava. Não viam disto na cidade. Fizeram uma fogueira e sentaram-se num tronco que estava em frente. Parecia que a Natureza e o Universo os convidava a estar ali. Simplesmente estar. Sem julgamentos. Onde a simplicidade reinava. Onde eram invadidos por uma paz impagável. Voltaram a conversar sobre tudo e nada. É tão raro haver uma conexão de almas que nem eles acreditavam como tudo era simples. Real. Verdadeiro. Sem haver esforço nos gestos e nas conversas. Não havia tabus. Estava tudo ali. O fogo começou a aquecê-los e já estavam há horas no local. Parecia que havia sempre assunto. Porém, houve momentos de silêncio. Silêncio saudável. Captavam tudo à sua volta e agradeciam por aquela boa energia sentida. Sorriram um para o outro. Apagaram o fogo com garrafas de água que estavam no carro. Ele colocou o braço por cima do ombro dela e regressaram a casa. Em silêncio. Ele piscou-lhe o olho e ela sorriu. Sem grandes conversas, eram duas almas que o Universo uniu, mostrando a simplicidade e como o amor é simples.