UM E DOIS
Às vezes pergunto-me o que fiz de tão bom para ter a sorte que tenho de te ter comigo. Sabemos ser tontos como sérios perante a vida. Sabemos brincar e perdoar rápido como as crianças porque o amor é maior que o orgulho. Sabemos comunicar mesmo quando não é possível por palavras. Encaixamos um no outro como símbolos de pertença apesar de sermos livres. Queremos sempre mais e mais como se a sede não terminasse. E ainda bem que não chega. Quero sentir sempre novidade contigo mesmo quando a rotina se mantém. Quero sentir o zoo contigo e não só borboletas. Quero continuar a sentir-me nas nuvens mesmo sabendo que estou na terra. Quero andar de mãos dadas e gritar ao Mundo como estou feliz contigo. E depois rir sem parar porque fazes-me sentir eu. Nas brincadeiras, nos assuntos sérios. Somos um mas ao mesmo tempo tão de si próprios. Porque nos acrescentamos um ao outro. E assim é que deve ser [sempre].